Vamos usar os versos do poema
Sem pena sem pano
Vamos evitar o desengano
Vamos dar vida ao problema
Vamos espalhar as cinzas do poema
Pelos quatro cantos da terra
Enterrar a indomável quimera
Fazer adubo para a flor açucena
Vamos quebrar os ossos do poema
Fazer dele uma geleia real
Injetá-lo na veia com pimenta e sal
Bagunçar o coreto e destruir o sistema
Vamos beber a seiva do poema
Árvore milenar Amazônica
Algo cibernética meio biônica
Vamos reverenciar enquanto podemos, a piracema
Vamos vestir as roupas do poema
Transparentes, provocantes, decadentes e excitantes
Alvos de crentes e de penitentes
Vamos parir mais um dilema :
Criar a pena que depena o poema!
Flor açucena